Andrea Abreu

Julia Sanches

Panza de Burro

"Reconozco que al principio, cuando Panza de burro solo había crecido unos capitulitos, pensé que sería una novela sencilla y hermosa que abriría un hachazo en esa tela de invernadero que parecía ocultar un imaginario y un mundo que debían ser mostrados. Más adelante, la grandeza del libro, la inteligencia y el salvajismo de Andrea, su pulso poético y su falta total de miedo hicieron trizas la rafia, y quedó a la vista una plantación intrincada, dolorosa, inmensa, nada sencilla. Hice la primera edición en un salón de Lisboa, y creo que fue allí cuando me di cuenta de que el libro era mucho más grande de lo que imaginé. También, y esto es importante, sentí envidia. Una envidia por la imposibilidad de escribir yo algo así". Sabina Urraca

Panza de burro

High in the mountains of northern Tenerife, the sun hides behind a seemingly endless ceiling of cloud cover that traps the region's inhabitants in an abject, infernal heat. There, in a ramshackle village far from the island's glamorous beach resorts, two adolescent girls pass a treacherous summer in each other's all-consuming company. The nine-year-old narrator is known to us only as Shit - a pet name given to her by her best friend Isora. Blonde, brash, beautiful Isora, who isn't afraid to mock the boys around town or gossip with the adults; who, though she is only one year older, has already grown breasts and pubic hair. Together, Shit and Isora wander the streets, shooing away the neighborhood's many pitiful dogs; they try to keep skinny by vomiting up sweets; they dream of shiny BMWs that will take them down to the beach, where they will finally get to enjoy the sea, just like the tourists whose vacation homes Shit's mother cleans for a living. But as June turns to July, and July to August, the narrator's simmering love for her friend erupts into a painful sexual awakening, just as Isora begins to heed the first calls of womanhood. Shit tries to keep up with her, but learns that growing up is a path one must walk alone; a journey so solitary, it can lead even the most intimate friendships to violent ends. Written in the pizzicato of Canary dialect and striking a gorgeous, crystal pitch, Dogs of Summer is a novel of terrifying power and exquisite yearning. Andrea Abreu's debut heralds the arrival of a startling new talent; it is a visceral, sublime story about beauty - and love - forged in an essential but neglected corner of the world.

Dogs of Summer

"[A] firecracker of a debut . . . Abreu's novel, in Julia Sanches's sparkling translation, is a revelation, perfectly capturing a festering summer of meltdowns and shrinking horizons." —The New York Times My Brilliant Friend meets Blue is the Warmest Color in this lyrical debut novel set in a working-class neighborhood of the Canary Islands—a story about two girls coming of age in the early aughts and a friendship that simmers into erotic desire over the course of one hot summer. High near the volcano of northern Tenerife, an endless ceiling of cloud cover traps the working class in an abject, oppressive heat. Far away from the island’s posh resorts, two girls dream of hitching a ride down to the beach and escaping their horizonless town. It’s summer, 2005, and our ten-year-old narrator is consumed by thoughts of her best friend Isora. Isora is rude and bossy, but she’s also vivacious and brave; grownups prefer her, and boys do, too. That's why sometimes she gets jealous of Isora, who already has hair on her vagina and soft, round breasts. But she's definitely not jealous that Isora’s mother is dead, nor that Isora's fat, foul-mouthed grandmother has her on a diet, so that she is constantly sticking her fingers down her throat. Besides, she would do anything for Isora: gorge herself on cakes when her friend wants to watch, follow her to the bathroom when she takes a shit, log into chat rooms to swap dirty instant messages with strangers. But increasingly, our narrator finds it hard to keep up with Isora, who seems to be growing up at full tilt without her—and as her submissiveness veers into a painful sexual awakening, desire grows indistinguishable from intimate violence. Braiding prose poetry with bachata lyrics and the gritty humor of Canary dialect, Dogs of Summer is a story of exquisite yearning, a brutal picture of girlhood and a love song written for the vital community it portrays.

A Novel

»So forsch, so furchtlos« ist eines der aufregendsten Debüts der letzten Jahre, Andrea Abreu der Shootingstar der spanischen Literatur. Ihr Roman über zwei junge Mädchen auf Teneriffa erscheint in 19 Ländern und hat die spanische Presse in Aufregung versetzt. Ein heißer Juni aud Teneriffa, hoch oben im Norden der Insel zwischen den Vulkanen, weit ab von den Touristen. Zwei junge Mädchen, beste Freundinnen, versuchen die Langweile zu bekämpfen. Sie wollen dünn bleiben, indem sie Süßigkeiten erbrechen; sie träumen von glänzenden BMWs, die sie an den Strand bringen, wo sie endlich das Meer genießen könnten, genau wie die Touristen, deren Ferienhäuser ihre Mütter putzen. Aber als aus dem Juni der Juli wird und der Juli in den August übergeht, verwandelt sich die schwelende Liebe der Erzählerin zu ihrer Freundin Isora in ein schmerzhaftes sexuelles Erwachen. Sie versucht, mit Isora Schritt zu halten, muss aber einsehen, dass das Erwachsenwerden ein Weg ist, den man allein gehen muss. Eine sprachgewaltige Erzählung über eine innige Mädchenfreundschaft, die an den Wachstumsschmerzen der Pubertät, an zu viel Liebe und zu großer Lust zerschellt.

Roman

So forsch, so furchtlos

Sucesso de crítica e com mais de 70 mil exemplares vendidos na Espanha, uma história vulcânica de amizade entre duas adolescentes nas Ilhas Canárias nos anos 2000. "Pança de burro" é um fenômeno meteorológico característico do norte das Canárias: nuvens pesadas e baixas formam uma espessa camada sobre a terra, eventualmente com a presença de neblina. É nesta paisagem plúmbea, no interior de Tenerife, longe do Atlântico e das orlas chiques das ilhas, que se desenrola esta história magnética de amizade entre duas jovens em busca de entender o seu lugar no mundo. De um lado, um vulcão ameaça entrar em erupção e tem saias "como se fosse a Shakira", os cães são sempre feios e as contradições do machismo e da desigualdade social surgem nas falas de mulheres "religiosas, mas boca suja": as avós, as mães, as tias. De outro, o despertar da sexualidade, os mecanismos complexos da amizade feminina — o amor, a inveja, a "vontade de fazer mal", o desejo — e a melancolia que parece estar sempre à espreita compõem uma outra natureza igualmente violenta. Sempre dizem que determinada obra é uma carta de amor a algo ou alguém. Pança de burro é uma carta de amor escrita num papel decorado com flores e manchadinho de meleca de nariz, e as destinatárias são essas meninas "tão atrevidinhas". Meninas que têm sujeira nos dentes, que sentem "uma tristeza como uma martelada". Que "esfregam a perereca pelos cantos". E que juntas, sempre juntas, enfrentam qualquer perigo, saem vivas de qualquer vulcão. "Corajoso, deslumbrante, hilário. Andrea Abreu é um meteorito vivo na paisagem da literatura em língua espanhola." — Fernanda Melchor "Entre a vida rural e a internet, entre a linguagem da tradição e do século 21, entre o clássico e o viral [...] um relato belo e visceral, poético e escatológico." — The New York Times "Andrea Abreu constrói uma língua literária com uma flexibilidade rara na literatura: é ao mesmo tempo localista, insubmissa e universal." — El País

Pança de burro

Pancia d'asino

Sucesso de crítica e com mais de 70 mil exemplares vendidos na Espanha, uma história vulcânica de amizade entre duas adolescentes nas Ilhas Canárias nos anos 2000. “Pança de burro” é um fenômeno meteorológico característico do norte das Canárias: nuvens pesadas e baixas formam uma espessa camada sobre a terra, eventualmente com a presença de neblina. É nesta paisagem plúmbea, no interior de Tenerife, longe do Atlântico e das orlas chiques das ilhas, que se desenrola esta história magnética de amizade entre duas jovens em busca de entender o seu lugar no mundo. De um lado, um vulcão ameaça entrar em erupção e tem saias “como se fosse a Shakira”, os cães são sempre feios e as contradições do machismo e da desigualdade social surgem nas falas de mulheres “religiosas, mas boca suja”: as avós, as mães, as tias. De outro, o despertar da sexualidade, os mecanismos complexos da amizade feminina — o amor, a inveja, a “vontade de fazer mal”, o desejo — e a melancolia que parece estar sempre à espreita compõem uma outra natureza igualmente violenta. Sempre dizem que determinada obra é uma carta de amor a algo ou alguém. Pança de burro é uma carta de amor escrita num papel decorado com flores e manchadinho de meleca de nariz, e as destinatárias são essas meninas “tão atrevidinhas”. Meninas que têm sujeira nos dentes, que sentem “uma tristeza como uma martelada”. Que “esfregam a perereca pelos cantos”. E que juntas, sempre juntas, enfrentam qualquer perigo, saem vivas de qualquer vulcão. “Corajoso, deslumbrante, hilário. Andrea Abreu é um meteorito vivo na paisagem da literatura em língua espanhola.” — Fernanda Melchor “Entre a vida rural e a internet, entre a linguagem da tradição e do século 21, entre o clássico e o viral [...] um relato belo e visceral, poético e escatológico.” — The New York Times “Andrea Abreu constrói uma língua literária com uma flexibilidade rara na literatura: é ao mesmo tempo localista, insubmissa e universal.” — El País

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