O bosque das ilusões perdidas

O bosque das ilusões perdidas

O bosque das ilusões perdidas, ou O Grande Meaulnes (Le Grand Meaulnes no original) foi publicado na França em 1913. Seu autor morreu precocemente, em setembro de 1914, como alferes em combate durante a Primeira Guerra Mundial. Alain-Fournier, que demorara oito anos para terminar seu único romance, muito provavelmente não imaginou que seu livro ganharia a chancela de clássico e seria um dos mais lidos e queridos pelos franceses, atravessando gerações e ganhando traduções e admiradores mundo afora. No final do século XIX, o pacato François Seurel, com seus quinze anos, narra a história que começa com a chegada de Augustin Meaulnes, um menino exuberante e alto (daí o Grande do título original) que veio morar em sua casa, na pequena cidade de Sante Agathe, e estudar na escola dirigida por seu pai. Mesmo com temperamentos muito diferentes, por vezes opostos, os dois garotos desenvolvem uma amizade leal e fraterna, em que se influenciam mutuamente. Onde um é prudência, o outro é ousadia. Certa manhã, o irrequieto Augustin Meaulnes se perde ao sair escondido de carruagem para buscar os avós de François na estação. Em suas tentativas frustradas de achar o caminho, ele chega a um lugar misterioso. Exausto, esgueira-se para um quarto e adormece. Quando desperta, está envolto em uma atmosfera de sonho, com pessoas fantasiadas, músicas, uma alegria que se espalha pela mansão que domina o pátio e pelos bosques, em uma celebração que descobre ser o casamento do jovem Frantz. E quando tudo acaba, vê na noite aquela terra sem mapa sumir no pó que as carruagens levantam na estrada. O reencontro com aquele mundo perdido passa a ser sua obsessão. É para o amigo François que conta a estranha aventura que o modificaria para sempre, e a quem pede ajuda. Uma história de amizade, aventuras e descobertas. Um romance de formação, que percorre essa jornada transformadora, por vezes maravilhosa, por vezes dura, que leva à maturidade.
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