Sangue, ossos e manteiga

Sangue, ossos e manteiga A educação involuntária de uma chef relutante

Quando criança, Gabrielle Hamilton, atualmente proprietária do badalado restaurante Prune, no East Village, em Nova York, viveu em fazendas e teve contato com a vida pulsante do campo, suas densas florestas, riachos e seus celeiros centenários. Neste cenário exuberante e bruto, a autora, filha caçula de uma leva de cinco irmãos, constrói as primeiras páginas de Sangue, ossos & manteiga, seu autobiográfico romance de estreia. O livro, que lança o leitor em um mundo sensorial pleno de imagens, cheiros e texturas, vai além de um registro de memórias escrito em primeira pessoa e capaz de revelar a trajetória pessoal e profissional da chef de cozinha. Gabrielle Hamilton investe na narrativa, nos detalhes e sentimentos das personagens descritos minuciosamente sem perder a leveza. Sangue, ossos & manteiga prova que ela se tornou uma pessoa bem-sucedida em ambas as áreas: a cozinha e a literatura. Seu restaurante, na prática um lugarzinho independente de trinta lugares, cujas reservas são disputadíssimas, consegue faturar anualmente dois milhões de dólares; seus textos, celebrados e publicados no The New York Times e nas revistas GQ e Bon Appetit, seduzem leigos e especialistas. No livro, ela junta seus maiores talentos para narrar sua trajetória – da infância à maturidade, passando pelas hesitações da juventude –, e fisga o leitor pelo estômago com sua prosa de dar água na boca.
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