Gods and Robots Myths, Machines, and Ancient Dreams of Technology

Tinha grandes expectativas sobre "Gods and Robots: Myths, Machines, and Ancient Dreams of Technology" (2018) de Adrienne Mayor, que não se goraram por completo, mas que acabaram por ficar bastante aquém do enorme potencial. Esperava um discurso mais assente nos interstícios da tecnologia, na descoberta das criações humanas ao longo da história, com detalhe sobre os comos, nomeadamente as mecânicas, design, objetivos e inovação humana. Mas Mayor foca-se quase exclusivamente no lado mitológico, dando conta de alguns desses elementos passados ao real não forma de estátuas, mas centrando todo o seu discurso em hipóteses das representações míticas, oferecendo muito pouco sobre o lado material de quem criava e inovava. Por isso não se espere muito sobre Antikythera ou aprofundamentos sobre a história dos autómatos, menos ainda sobre quaisquer outros fora da mitologia grega, já que todo o livro aí está sediado. Contudo, o livro oferece muita discussão sobre os grandes mitos gregos, sendo o primeiro capítulo dedicado a Talos o mais interessante de todos. [imagem] Talos é um mito sobre um autómato gigante, em bronze, criado para proteger Creta contra piratas e invasores. Depois temos Medeia, Prometeu, Pandora, entre outros, mas que apesar de interessantes, contribuem muito pouco para as conclusões que nos oferece, nomeadamente os alertas e medos da IA contemporânea. Publicado no VI: https://virtual-illusion.blogspot.com...