Reviews

Nelson Zagalo@nzagalo
As primeiras páginas são puro Proust recordando os dias de leitura na infância, num registo muito próximo de "Em Busca do Tempo Perdido". O resto do pequeno texto é dedicado a combater um ideal do livro apresentado por Ruskin. Nesta discussão Proust acaba por discutir muito daquilo que a sociologia e psicologia vieram a definir como a comunicação interpessoal e as diferenças face à comunicação que decorre entre autor e leitor por via de uma obra, o livro. É uma análise académica, de discussão e rebate, na qual Proust acaba defendendo fora do seu tempo, o leitor activo como ser pensante, crítico, ou seja cognitivo.