Rui Tavares

Que relação existe entre grandes catástrofes como o terramoto de 1755, o 11 de Setembro de 2001, o tsunami de 2004 ou os incêndios de Roma de 64 d.C? E se o terramoto não tivesse acontecido? Que relatos deixaram os sobreviventes? Qual o impacto do terramoto sobre o panorama cultural da época? E que sentimentos provoca? Em 'O pequeno livro do grande terramoto', as respostas vão surgindo pela escrita de Rui Tavares.

ensaio sobre 1755

O pequeno livro do grande terramoto

Ricardo Santos

Nunca, em tão pequeno livro sobre tão grande acontecimento, se deu tanto a aprender ao leitor. Nunca se viu, em texto de cariz ensaístico, tanta graça - não no sentido de humor (que também lá está, ao longo de toda a obra, espreitando entre a história e a literatura) mas no sentido de beleza, de inteligência e até de sensualidade. Rui Tavares elimina qualquer característica críptica que se possa apontar ao estudo da História e faz fluir levemente perante os olhos do leitor um texto sério mas agradável, rigoroso mas de âmbito abrangente, pedagógico mas tão prazerosamente lúdico.

Sabe a pouco o uso do adjectivo 'obrigatória' para descrever a leitura deste livro. A palavra é banalmente usada aos pontapés na imprensa portuguesa para qualificar toda a espécie de livros. Mais a mais, não tenho a pretensão de impor aos outros dogmas literários. Assim, não direi da leitura de O Pequeno Livro do Grande Terramoto que é recomendável nem tampouco obrigatória. É, tão-só, e permitam-me isto, um gozo do caraças.

O pequeno livro do grande terramoto ensaio sobre 1755

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