Consumo: imaginário, estratégia e experiência
Em tempos de vida digital pensar nas relações sociais virtuais pode até passar despercebido, até porque, aceitando ou não, já se tornou natural acordar pela manhã e quase que imediatamente conferir as atualizações da timeline. Porém, num momento em que a rotina sai do anonimato e transforma a vida em uma atração, ganhando notoriedade para uma rede de não apenas poucos familiares e amigos, é que vemos a importância de conversar sobre o assunto e entender como as relações têm se estabelecido. Mais do que isso, é necessário entender também como estes espaços modificam o consumo de bens e, especialmente, a forma como as marcas passaram a se comunicar com os seus consumidores. Todas as esferas da vida cotidiana – trabalho, educação e lazer, se fundem em espaços comuns na busca por atenção. O espetáculo se solidifica e proporciona a adaptação de comportamentos e de estratégias. As imagens são transformadas e projetam uma sociedade conectada e em constante mutação. Atualmente parece ser preciso existir virtualmente, deixar rastros, mostrar a sua importância, nem que seja somente por comentários que esperam ansiosamente um retorno. Os capítulos desta obra desafiam e abrem novas possibilidades de reflexão tanto para o mercado quanto para a academia. Pensar a relação de consumo das imagens, dos símbolos e dos produtos midiáticos como um todo é essencial uma vez que somos a todo momento interpelados e, de certa forma, também consumidos por eles.