Frank Herbert

Duna

Uma estonteante mistura de aventura e misticismo, ecologia e política, este romance ganhador dos prêmios Hugo e Nebula deu início a uma das mais épicas histórias de toda a ficção científica. Nessa trama repleta de política e religiosidade, o jovem Paul Atreides, herdeiro de uma poderosa família que foi vítima de um golpe, é treinado nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos. Assim começa uma trajetória para transformar um homem comum em herói e messias. Duna é um triunfo da imaginação, que influenciará a literatura para sempre."--

Ana Luiza

Duna foi uma surpresa muito grande pra mim. Apesar de saber que se trata de uma obra extremamente renomada na literatura mundial e de como influenciou séries de grande sucesso, como Stars Wars, não esperava gostar tanto da história. Como todos os outros que leram esse livro no último ano, li por conta do filme. E me apaixonei, com certeza uma das melhores leituras que já fiz na vida. E isso vem de uma pessoa que não tem muita experiência ou interesse por ficção científica.
Os primeiros capítulos são difíceis, o leitor não fica preso a história imediatamente exatamente por não entender o que está acontecendo. É um universo totalmente diferente, com vocabulário próprio e o autor não faz questão de explicar muito. Você descobre o que está acontecendo e por que esta acontecendo por si próprio, e quando isso acontece, não consegue mais parar a leitura.
Paul é um personagem incrível. Hoje em dia o plot de “O Escolhido” já foi usado muitas vezes, mas mesmo assim esse heroi foi escrito de uma maneira completamente diferente. A maneira como o autor criou uma religião em torno de uma ciência devolvida por outra sociedade e como isso provocou mudanças em todo o universo foi incrível... A presciência de Paul deixa tudo ainda mais interessante.
Jessica é uma das melhores personagens, com certeza uma das mulheres mais poderosas que já conheci, e o autor nem precisou a colocar em muitas cenas de luta ou conflito para ela. E deu luz a Alia, personagem que conheço pouco mas já acho incrível. Além de Chani, outra personagem feminina de muita força, apesar de não conhecer muito sobre ela nesse primeiro livro.
Todos os Artreides foram muito interessantes, mas não tanto quando os fremen. Leria 20 livros sobre a história dessa população, seus costumes e tradições. 
As batalhas e lutas foram descritas de uma maneira muito diferente do que estou acostumada. A última luta é SENSACIONAL e mal posso esperar para ver no filme.
Uma obra que deveria ser lida por todos, até por aquele que não se interessa muito por livros pois faz despertar um amor por literatura muito grande.

Camila Gimenez Sobral

Depois de quatro meses, finalmente conclui Duna.

Comecei Duna com muito entusiasmo, suas tramas políticas, traições, fintas dentro de fintas. Mas chegado a um momento, houve uma mudança de tom que não me agradou tanto. Ainda estava lá, as apostas e traições e todo um planeta e povo a ser descoberto, mas alguma coisa me fez perder o interesse e juntando com provas e compromissos acabei relegando o livro à cabeceira.

Depois de passado esse turbilhão de coisas, voltei à Duna e toda a empolgação do começo voltou. Os joguetes e planos ainda estavam ali, com um manto de fanatismo religioso para completar. Não dei 5 estrelas porque afinal não foi o suficiente para me fazer ler de uma só vez, mas ainda assim não tem como não se impactar com a obra.

Comecei o livro sem grandes interesses em ler os demais da série, na verdade sem interesse algum. Mas agora sei que pelo menos os livros 2 e 3 irão para minha TBR.

Vitor Augusto Dal Molin 

Patricia Santos

Chamam-lhe o Senhor dos Anéis da ficção científica e é considerado um dos maiores clássicos desta área. Foi considerado a grande obra do seu autor, Frank Herbert. Através de uma história ímpar em que todos os assuntos são abordados como a política, a religião ou a ecologia, torna-se um livro brutal em que nada é deixado ao acaso e cada pormenor foi estudado e inserido de forma a várias gerações se puderem identificar com ele. Forte, aguerrido e viciante são alguns dos adjectivos que se podem dar a um dos grandes livros do século XX.
Primeiro que tudo devo avisar-vos que não sou fã de Ficção – Científica visto que nunca me identifiquei com o género, muito possivelmente por causa do Star Wars, já que nunca consegui gostar dos filmes ou de qualquer coisa que tivesse a ver com eles. Por isso, considero que tive um grande acto de coragem ao pegar neste livro. Devido ao Clube de Leitura Bertrand – Fantástico em que vou participar fui “coagida” a comprar Duna, uma vez que é a primeira obra que irá ser tratada e, num espírito de aventura, decidi comprá-lo e experimentar algo totalmente diferente do que estou habituada a ler.
Dizer que não estava a espera de nada do que é este livro é uma realidade, já que apesar das excelentes críticas, eu não tinha qualquer expectativa ou noção do que esta leitura seria. Considero-a o meu “encontro às cegas”. Mas daqueles que acaba da melhor maneira. A primeira coisa porque me apaixonei foi pelo apêndice. Coisa parva, não é? Mas é que é tão brilhante e detalhado que não pude deixar de me sentir fascinada com ele. Deste para a história em si, foi um passo. Não estava preparada para a grandiosidade, para a brutalidade ou beleza crua que Duna é. Ao longo das páginas senti-me cativada e fascinada de uma forma tão intensa que só conseguia pensar “Há quanto tempo não leio algo assim?”. 
Cada pormenor em termos políticos ou religiosos, a questão da ecologia e da sobrevivência, foram explorados até ao seu âmbito, mostrando-nos neste livro o que acontece quando se chega à obssessão e ao fanatismo pelo poder, pela riqueza, pelo controlo total do universo. Através dos meandros mais obscuros, de profecias e manipulações, algo é tão gigantescamente criado que até aqueles que o previram não o podem controlar. Observar como quer seja no passado, quer seja no futuro longínquo, os homens são aprisionados pelo sistema ou pelos seus ideais, chegando ao ponto de se tornarem peões nas mãos de um único indivíduo, é algo que aqui é conseguido brilhantemente. Ver um sistema feudal funcionar de uma forma tão bem conseguida em territórios e ambientes diferentes é algo que me faz querer deslindar cada pormenor das leis, das corporações, das Grandes Casas. E é algo que Herbert nos cede de uma forma tão soberba que não há leitor que não se encante pela maneira com que o escritor constrói o seu mundo de uma ponta à outra, sem deixar escapar nada.
A viver num mundo tão brutal como corrupto, temos personagens surpreendentes. Fortes e manipuladoras, cada uma vai até ao fundo da essência do ser humano. Em cada uma pudemos ver o que de pior e melhor, o Homem pode fazer pelas suas causas. E depois temos Muad’Dib, concentrando em si todos os desejos e ambições, todas as profecias e construindo uma imagem que perdurará em lendas, que é não um mas vários homens num só, aquele que pode destruir ou construir com uma palavra. O tipo de homem que cria seguidores fanáticos. 
Através de um entrelaçamento perfeito, temos aqui todo um novo sistema, um novo governo, um novo “petróleo”. Viajar pelas páginas deste livro é reconhecer o Mundo onde vivemos e aquele que ele será. Sinto que não disse tudo o que este livro me transmitiu mas espero que pelo menos vos leve a querer lê-lo porque não o ler, é perder toda uma forma de ver um mundo.

http://girlinchaiselongue.blogspot.co...

Duna

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