Sylvie

Sylvie

Au sortir d'un théâtre, un Parisien épris d'une actrice, en lisant un entrefilet dans la presse, est rattrapé par ses souvenirs de jeunesse. II entreprend de se rendre dans le Valois de son enfance, pour y retrouver Sylvie, son premier amour... Dans ce récit poétique ondoyant entre un passé incertain et un présent irrésolu, temps vécu et temps rêvé se mêlent. Au crépuscule de son existence, Nerval, avec Sylvie (1853), donne une forme littéraire achevée à la part la plus insondable de l'homme : le mystère des songes, la magie de la mémoire.
Sign up to use

Reviews

Photo of Nelson Zagalo
Nelson Zagalo@nzagalo
4 stars
Sep 3, 2022

Esta novela foi adorada por Proust, Eco e Gracq. A razão prende-se com a prosa poética, mas acima de tudo com o mundo-história criado por Nerval que a partir de avanços e recuos cria uma nébula de incerteza, tornando o ambiente irreal, mundo sonhado, inconstante, indefinível, mas atraente e envolvente. Como que somos seduzidos pelo texto a entrar num mundo de ilusão, no qual acabamos a perder-nos. Eco cita este texto como um daqueles que devemos reler, reler e reler, porque só assim chegaremos a aproximar-nos daquilo que o autor tem para nos dizer. Como li apenas uma vez, terei de cá voltar, para tentar encontrar o que conseguiram Eco e Proust ver e interpretar. Li o livro entre o original e a tradução em português do Brasil por Luís de Lima que está muito boa, capaz de manter a poesia e fluxo do original. A versão francesa vem acompanhada de uma imensidade de notas e algumas imagens a servir de ilustração ao texto, que se gostei me pareceu estranho, porque transformam o texto original.