
A Filha Perfeita
Reviews

“ela se arrastou para o meu colo e sussurrou com sua voz doce: eu gosto de machucar as pessoas. você não gosta?”
eu tenho tantos pontos negativos sobre essa leitura que nem sei por onde eu começo a listá-los. mas, primeiro, eu gostaria apenas de dizer que esse livro simplesmente não faz parte do que eu aprecio (apesar de amar thrillers e sempre lidar bem com investigações criminais... mas esse aqui simplesmente passou do limite do que consigo suportar), então já é de se esperar que minha opinião fosse acabar sendo negativa. isso não significa que o livro seja ruim — apesar de eu também não ter curtido a dinâmica com diversos povs diferentes com duas linhas do tempo diferentes que ficavam se intercalando o tempo inteiro. achei extramamente confuso e, apesar da história ser bem previsível e desde o início o final estar bem claro para o leitor, a autora fez o possível para deixar o quebra-cabeça bem confuso de se montar e embaralhou muito bem as peças. esse foi o único motivo para que eu tenha terminado essa leitura; a minha curiosidade falou mais alto e me fez continuar lendo até compreender exatamente o quão fundo era esse buraco. e, deixa eu te contar… é realmente um ABISMO!
eu não recomendaria este livro a absolutamente ninguém, nem mesmo ao meu pior inimigo. mas, caso insistas em ler e acredites que tenhas estômago para isso, prepare-se para algo ainda pior do que o filme “a órfã”, porque eu particularmente achei esse livro bem mais gráfico e pesado. eu indico que não se jogue de cabeça na história; por favor, procure pelos avisos de gatilho, porque são MUITOS. eu passei a história inteirinha sentindo um mal estar terrível e uma dor de cabeça sem fim, de tão angustiante que foi. o conteúdo é extremamente grotesco e, acima de tudo, os personagens são muito desagradáveis, então você não tem bem com o que contar para se desestressar na história. o tempo inteiro é uma nova frustração com a criança e o pai é uma pessoa que ATIVA e PERMITE esse mal comportamento; porque, afinal, “comigo ela é um anjo”.
a garota da história é de uma psicopatia tão grande… simplesmente uma profissional em manipulação, o que só piora ao decorrer da história ao que o pai vai permitindo que ela continue agindo dessa forma e criando desculpas para suas maldades. chega em um ponto em que eu estava TORCENDO pelo divórcio dos dois, porque ele claramente não respeita a sua mulher e não se importou em nenhum momento com seu bem-estar e sua opinião (até porque, foi ELE quem decidiu na adoção sem sequer se importar com o que ela achava, e só depois que a informou é que começou a pressioná-la a aceitar a fazer o que ele queria).
enfim. não consegui encontrar nenhum ponto positivo nessa leitura, porque me estressei e me enojei do começo ao fim. mas, visto que eu avalio com base em como eu me sinto, era de se esperar que fosse uma avaliação péssima (o que, novamente, não signifique que seja um livro ruim! apenas uma história extremamente desconfortável que definitivamente me deixou péssima e me trouxe muita negatividade, então nunca a recomendaria a outra pessoa.)