Reviews

3.5 stars

A review from my old blog... I hadn't actually heard of this book before I added it to my list and found myself intriqued by the description of the book on the dust jacket. I guess I did myself an injustice by trying to read the book as fast as I did. Books loaded with description as Bronte and Austin books are, cannot really be read so quickly. Actually I just realized that the fact that I wished I had read the book slower is a good sign. I know that from what I read and thoroughly injested much more deslicious morsels lay undiscovered in the sentences I simply scanned rather than actually read. Towards the end of the book though things did get a little confusing as I tried to figure out the difference between Louis and Henry Moore (pretty important when it comes to the plot. Though I didn't think I would enjoy the book I really did.

Opinião do blogue Chaise Longue: http://girlinchaiselongue.blogspot.pt... Ficou conhecida por ter sido a incentivadora do movimento feminista na literatura da sua época, era a melhor amiga de Elizabeth Gaskell e até assumir a sua verdadeira identidade, pensava-se que os seus livros eram escritos por Thackeray, um dos seus amigos mais próximos. Mas mais do que isso, era a mais velha do trio de irmãs mais conhecidas da literatura, as irmãs Brontë. Criada em colégios internos, Charlotte foi sempre uma figura maternal para os irmãos mais novos e, mais tarde, a sua carreira iria se afirmar enquanto professora e mais tarde como autora. Os seus livros baseiam-se na sua experiência de vida inclusive dois dos seus livros reflectem a paixão que teve pelo director do colégio interno de Bruxelas em que trabalhou. A vida, os seus ideais, época e as irmãs foram a sua grande inspiração e se em pessoa era alguém calado e franzino, nos seus livros demonstra uma personalidade forte. Publicado em 1849, Shirley foi a segunda obra de Charlotte depois de Jane Eyre e foi escrita na pior altura da vida da autora, no espaço de um ano, Branwell, Anne e Emily morreram, precisamente enquanto escrevia este livro daí que as protagonistas sejam baseadas nas suas duas irmãs. Uma obra que reflecte não só o papel da mulher na sociedade, este livro é também um quadro da crise da industrialização inglesa durante as Guerras Napoleónicas. É o único livro de Charlotte escrito na terceira pessoa. Enquanto Wellington e Napoleão medem forças nos campos de batalha da Europa Continental, na zona rural de Inglaterra, patrões e operários discutem os seus direitos e deveres, o que foi e o que agora é, o que poderá ser. Mas nas suas casas perfeitamente ordenadas, são os homens que decidem ou assim pensam eles. Presenças essenciais mas apagadas da vida inglesa, as mulheres não aumentam a voz, não ordenam, não decidem mas duas jovens, cada uma à sua maneira vão mostrar que não são meros enfeites. Shirley e Carolina são dois exemplos na sociedade onde vivem mas por trás da perfeita posição de senhoras inglesas escondem-se duas almas apaixonadas. Shirley é o terceiro livro que leio de Charlotte e não consigo deixar de me surpreender com a versatilidade, genialidade e argúcia com que ela escreve. Depois da loucura, magia e beleza de Feitiço, depois da força e encanto de Jane Eyre, deparo-me com este livro, um trabalho mais racional, sério, emotivo, que muito vai buscar ao anterior mas que toma uma forma completamente diferente. Incindindo mais nas questões sociais, sem largar o papel da mulher na sociedade da sua época, Charlotte podia mesmo assim estar a contar a mesma história e a verdade é que as parecenças são muitas, mas Jane Eyre é mais do que uma obra feminista, é romantismo puro. Já Shirley é, à parte do romance, um quadro social sobre géneros, classes e vidas e, sem dúvida, o trabalho mais maturo de Charlotte dos que li. Primeiro, há que falar na dualidade das duas protagonistas. Inspiradas nas irmãs de Charlotte, Shirley e Carolina são duas mulheres, duas classes e duas educações diferentes. Shirley seria uma versão sã de Emily e representa o dinheiro, a perfeita etiqueta e a firmeza de uma mulher que sendo uma herdeira se afirma no mundo dos homens, sendo tratada como uma igual senão mesmo uma superior por algumas das personagens. Shirley é a paixão, a rebeldia, a saúde e a força, é a representação das mulheres que se queriam afirmar num mundo masculino. Carolina terá sido baseada na mais nova das Brontë, Anne e é a suavidade, a pacatez, a fragilidade do feminino que com a sua doçura e inteligência consegue firmar-se na opinião dos homens e na sua admiração sem que estes se apercebam da força que existe no seu interior. Representa ainda, a pobreza e com ela a necessidade de se afirmar através de um emprego que a permita sustentar-se a ela própria. Mas esta história não nos fala só sobre o papel das mulheres. Fala-nos da divisão entre operários e patrões, no que significava a mecanização das fábricas na vida das classes mais baixas e o quão necessário era existir um equilíbrio que agradasse a ambos os lados. Fala sobre a importância dos párocos no dia-a-dia das pequenas vilas, nas rivalidades entre religiões, na diferença de opiniões entre um leigo trabalhador e estudado e um homem dedicado à religião. Fala sobre o amor entre classes diferentes ou classes iguais em que um precisa de subir na vida, fala-nos das consequências das decisões mal pensadas ou diferentes. Existe assim, toda uma dualidade, todo um confronto neste livro que nos coloca no meio desta época e nos faz compreender os dois lados de todas as contendas. Também o romance, que acaba por ser secundário neste livro, tem vários lados, várias formas de se demonstrar e Charlotte envolve-nos em cada um de uma forma particular para que vejamos as qualidades dos apaixonados mas também os seus muitos defeitos. Ao longo da história apercebemo-nos do que pode correr mal, do que poderá funcionar e quando o livro termina sabemos que o amor é mesmo assim. Confiança, aceitação, perdão, são elementos necessários às relações e cada casal ensina-nos isso de forma diferente. Shirley desmarca-se assim do seu brilhante antecessor, Jane Eyre ao apresentar-se como um trabalho mais pensado, racional e sério da autora. Não sendo tão marcante mas mesmo assim profundo e humano, é mais um exemplo da versatilidade da mais velha das Brontë.

Na początku trochę się męczyłam, ale kiedy doszłam do 60% nie mogłam się oderwać. Pojawienie się Shirley zdecydowanie rozkochało mnie w tej książce i sprawiło, że polubiłam też wszystkich innych. I mimo że nie będzie to moja ulubiona książka Charlotte (jestem wierną fanką Villette), to z całą pewnością będę ją dobrze wspominać i kiedyś do niej wrócę!



















