True Word / Palavra Verdadeira
True Word / Palavra Verdadeira
Palavra Verdadeira, True Word in English, is a collection of poems by three Brazilian poets living in the United States, João Nunes, Maria Ataíde Fieschi and Jecione dos Santos ("Ninho"). These "poets in exile" seek to express universal truths in their poetry, and with this first collection of poems they have succeeded. They have opened their hearts and souls to express their innermost feelings about love, family and saudade. These are just three of the themes in these poems, but they help to define these poets as Brazilians, a people with a long poetic tradition whose families are the center of their lives. The idea of saudade is less easy to grasp for readers who do not speak Portuguese, but [contains] this idea of longing which is key to understanding the Brazilian (and Portuguese) identity. TOM WOLFF Palavra Verdadeira (True Word em Inglês) é uma coletânea de poemas escritos por tres poetas brasileiros que vivem nos Estados Unidos, João Nunes, Maria Ataíde Fieschi and Jecione dos Santos ("Ninho"). Esses "poetas no exílio" procuram expressar verdades universais em sua poesia, no que foram bem succedidos com esta sua primeira coleção de poemas. Eles abriram seus corações e almas para expressar seus mais íntimos sentimentos de amor, família e saudade, apenas tres dos muitos temas nestes poemas, mas que ajudam a definir esses poetas como brasileiros, de um povo com longa tradição poética para quem a importância da família é central em sua vida. Já o conceito de saudade é um tanto mais difícil de entender se o leitor não fala português, mas ... [é] idéia-chave para o entendimento da identidade brasileira (e da portuguesa). TOM WOLFF Here is a Portuguese/English sampler, including poems that Tom Wolff mentions in his foreword. Segue uma amostra (inglês/português) que inclui poemas que Tom Wolff menciona na palavra de abertura. Lenita João Vieira Nunes Filho Qual musa invade os sonhos do poeta E assim lhe outorga criações imensas, Estou seguro, tenho minhas crenças, Entraste em minha vida tão discreta. Meu coração tomaste por tua casa E iluminaste minha noite escura. Tanto amor me deste, tanta ternura, Que ainda hoje tenho o sangue em brasa. Amada, assim me afogo no teu peito, Me enrosco nos teus braços, distraído. E livre estou!? Estou preso, não tem jeito, Desse amor nas cadeias invisíveis, Meu coração e meus sentidos corrompidos De paixões e delícias indizíveis. Lenita João Vieira Nunes Filho Like the muse that invades the poet's dreams And thus hands him the gift of creativity, I'm sure, this I say with faith, You came into my life so discretely. You turned my heart into your house And filled my darkest night with light You gave me so much love, such tenderness, That even now my blood is red-amber hot. Love, thus I drown myself in your bosom And twist myself into your arms in distracted bliss. Am I free? No I'm forever captive In the invisible shackles of this love, My heart and senses corrupted By passion and untold delight. Saudade João Vieira Nunes Filho Saudade. Uma palavra. Não há equivalente em nenhuma outra língua. Nem em suaíli, nem em inglês ou polonês, nem em finlandês, chinês ou sânscrito, nem na língua dos ciganos ou dos haitianos. Não. Em nenhuma outra língua. Saudade. O sentimento é universal e frequente mas permanece engarrafado como um grito suprimido em qualquer outra língua. Saudade. Dor de tipo emocional, dirão alguns, tentando minimizar seu impacto. Emocional, física Não faz diferença. Dor. Ponto. Dor, besta faminta que engole bocados do ser deixando um vazio interior, um abismo. Dor! Ponto de exclamação! Não um simples ponto, ponto! Porque, persistente, ela fica Saudade. Prenha de nostalgia por aquilo que um dia foi e não é mais. Nostalgia cheia de lembranças, lembranças cheias de nostalgia, perigosa correnteza que se dissolve num lago calmo e espelhado