Intervenções

Intervenções Uma vida de guerra e paz

O antigo secretário-geral da ONU e prêmio Nobel da Paz realiza um balanço crítico de sua carreira diplomática, entremeando memórias pessoais com penetrantes análises da política internacional. Primeiro funcionário de carreira da ONU a ser eleito para o cargo de secretário-geral, primeiro africano negro a comandar a maior organização multilateral do mundo, à frente de um orçamento de 10 bilhões de dólares e de mais de 40 mil funcionários em diversos países, o ganense Kofi Annan dedicou a maior parte de sua vida à defesa da paz mundial e à promoção dos direitos humanos. Sua eleição pela Assembleia Geral, no final de 1996, coroou uma carreira diplomática integralmente dedicada às Nações Unidas. Formado nas melhores universidades dos Estados Unidos e da Europa, e com vasta experiência em missões de manutenção da paz, Annan exerceu dois mandatos marcados por êxitos significativos na solução de conflitos armados e no combate ao desrespeito dos direitos humanos - mas também por lamentáveis fracassos como o genocídio em Ruanda (1998) e as "guerras contra o terror" deflagradas pelos atentados de 11 de setembro de 2001. Como ele mesmo avalia nestas aguardadas memórias, a ONU - fundada em 1945 com a finalidade de evitar uma nova guerra mundial - tem enfrentado, desde o fim da Guerra Fria, as consequências dramáticas do antagonismo entre os interesses geopolíticos das grandes potências e os direitos e garantias mais básicos dos habitantes do planeta. Em parceria com Nader Mousavideh, seu ex-assessor e respeitado especialista em relações internacionais, o vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2001 expõe os bastidores do jogo geopolítico mundial por meio de uma interpretação lúcida e honesta dos acontecimentos históricos de que foi testemunha e protagonista.
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