Memórias Póstumas de Brás Cubas
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Memórias Póstumas de Brás Cubas

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Reviews

Photo of Nelson Zagalo
Nelson Zagalo@nzagalo
4 stars
Sep 3, 2022

Um livro que precisa de ser encarado de dois ângulos distintos, o da história da literatura e o do prazer de leitura. Ou seja, o livro é um marco na literatura brasileira, não apenas por ser do "pai" da sua literatura, mas por ter aqui iniciado, na sua escrita e na do Brasil, todo o seu Realismo. Na língua portuguesa, tinha Eça iniciado o movimento, com “O Crime do Padre Amaro” (1875), ao que Machado não foi indiferente, tal como não vinha sendo indiferente a Zola e Flaubert. Esta obra de Machado de Assis é assim o primeiro tomo da trilogia realista do autor, a que se sucedeu "Quincas Borba" (1891) e "Dom Casmurro" (1899). Tendo em conta a inovação procurada por Machado de Assis nesta obra, com toda a mudança de registo operada, é natural que no texto se sintam fragilidades, como se sentem na obra de Eça. Estamos a falar de experimentação, da procura de novos modos, o que implica sempre falhar para conseguir ir além. Não estou com isto a dizer que a obra é falhada, longe de mim, antes quero dizer que lhe falta alguma fluidez, algum ritmo, mas que acaba sendo compensado pelo modo como apresenta o seu realismo, com um narrador, diria agressivo, que nunca deixa o leitor em paz, que assume um constante vai-e-vem entre o espaço ficcional e a nossa realidade. Algo que em minha opinião advém da experimentação com o real, parecendo a momentos, não estarmos a ler um romance, mas um texto não ficcional, mas que por outro lado Machado torna praticamente impossível com a premissa de partida, em que o narrador que conta a sua história está morto, o que por sua vez parece também querer aproximar-se de um certo realismo mágico que viria a surgir em força na América Latina do século XX. Para quem quiser aprofundar a leitura, existe muito por onde se iniciar, desde logo porque o texto está pejado de referências, desde Shakespeare a Stendhal, passando por Homero, Virgílio, Erasmo, Schopenhauer, Bocage, Sterne até às “Mil e Uma Noites”. Sobre a obra em si, muito, mas mesmo muito existe, leituras entretanto realizadas capazes de encontrar traços referenciais desde a sua estrutura à filosofia apresentada na figura de Quincas Borba. Nada que nos admire, já que se o livro foi recebido com algum desconfiança, muito motivado pelo que dissemos acima sobre a experimentação e o novo, a verdade é que Machado de Assis viria a fundar a Academia Brasileira de Letras em 1897, sendo o seu primeiro presidente. Publicado no VI: http://virtual-illusion.blogspot.com/...

Photo of Manu Fernandes
Manu Fernandes @prettxytears
4 stars
Aug 12, 2022

Repugnante e ambicioso, Brás Cubas, é o tipo de personagem que acabo amando. Com seu caráter e atitudes duvidosas gera no leitor tamanha compreensão e ainda sim, ódio pelas suas escolhas. Intrigando os leitores da obra, Cubas se torna questionável e, em simultâneo, indecifrável.

Photo of Clara Garcia
Clara Garcia@clara21
5 stars
Oct 29, 2021

Um dos melhores livros que já li em toda minha vida. Com certeza, o lerei novamente muitas vezes. Uma linda e trágica análise da humanidade.

Photo of Barbara Braga
Barbara Braga@barbb
5 stars
Oct 1, 2022
+2
Photo of Rodrigo Ferreira
Rodrigo Ferreira@rodrigoferreira
5 stars
Mar 4, 2024
Photo of luca
luca@bonesandall
3 stars
Jul 17, 2023
Photo of Jefferson Bottega
Jefferson Bottega@jeffersonbottega
5 stars
Mar 9, 2022
Photo of chan
chan@chan
4 stars
Jan 9, 2022
Photo of Eduardo Z
Eduardo Z @eduardozulian
5 stars
Sep 16, 2021