As vozes da liberdade os escritores engajados do século XIX
Michel Winock reúne neste 'As vozes da liberdade - Os escritores engajados do século XIX' relatos sobre as lutas que os homens de letras - Victor Hugo, Stendhal, Balzac, Flaubert, Maupassant, Zola, entre outros - travaram contra o poder. De 1815 a 1885, seis regimes sucederam-se na França de forma estonteante - a breve ressurreição do Império, a Restauração, a Monarquia de Julho, a II República, o Segundo Império e a III República. Durante toda essa época, vários escritores envolveram-se na luta contra essa autoridade. Quaisquer que fossem o regime e suas tendências, elas sofreram na pele e no bolso pela coragem de assumir posições. Fundaram jornais e revistas, comprometeram-se em seus artigos e até mesmo em seus livros, expondo-se muitas vezes à prisão e ao exílio. Para melhor defender suas idéias, lançaram-se na luta eleitoral, algumas se tornando deputados, senadores e até ministros. O público da época, que muitas vezes as conhecia mais pelas suas obras literárias - quando ambas não se confundiam numa mesma batalha -, sabia distingui-las. Seus nomes? Chateaubriand, Constant, Guizot, Madame de Staël, Victor Hugo, Stendhal, Balzac, George Sand, Michelet, Lamartine, Quinet, Renan, Flaubert, Maupassant, Zola, Vallès e tantos outros que souberam unir política e literatura. 'As vozes da liberdade' não consiste simplesmente de ensaios ou teorias. É, enfim, a história do compromisso social de homens e mulheres - cujos dons políticos mostram-se tão fortes quanto os literários - na luta pela liberdade.