Reviews

A Nathy desafiou-me para uma leitura conjunta deste livro e eu não podia recusar (isto num dia à noite. No dia a seguir, de manhã, quando lhe disse que ia começar, a Nathy responde-me: ah, desculpa, já acabei...). Coisas... Seja como for, resolvi ler o livro à mesma. O amor não sabe quando nasce nem entre quem vai nascer. O Tatuador de Auschwitz conta-nos uma história de amor com o cenário mais improvável dos cenários improváveis: o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, entre dois presos, Lale e Gita. Só que... de tanto ler sobre os horrores que foram praticamente em Auschwitz-Birkenau, esta história de amor - ou mais precisamente - parece irreal. A sensação que fui tendo, ao longo do livro, é que Lale e Gita não estavam no mesmo sitio onde morreram milhares e onde tantos foram sujeitos às loucuras de Mengele (que, aliás, passa ao de leve neste livro). Não me entendam mal, não estou a duvidar da veracidade da história. Mas parece-me que a escrita torna a história demasiado leve para o cenário em que se passou. Talvez por isso mesmo tenha sido lido numa tarde...

Só tenho como dizer sobre uma coisa aqui, a escrita desse livro. Não me passou a emoção, o sentimento que eu achava que essa história teria que passar, eu sentia uma impessoalidade gigantesca, a forma como era narrrada, os diálogos e a sucessão dos eventos. Mas... é claro que seria impessoal, Heather Morris não estava lá, não tinha como ela descrever os sentimentos e os pensamentos de Lale ou de Gita, porque ela não os conhecia. É um relato de uma história real e eu não deveria ter encarado como um livro que teria como objetivo emocionar um leitor, mas sim fazer com que as pessoas a conheçam. E eu amei conhecer essa história, no fim, ter visto a foto deles, ter lido sobre o "depois", me tirou algumas lágrimas, o pósfacio do Gary foi doido, tornou real muitas coisas que a escrita do livro inteirou não conseguiu. Por isso essa nota, obviamente não para a história, mas sim pela escrita que não curti muito durante a leitura.















