The Triumph of Christianity

The Triumph of Christianity How a Forbidden Religion Swept the World

How did Christianity become the dominant religion in the West? In the early first century, a small group of peasants from the backwaters of the Roman Empire proclaimed that an executed enemy of the state was God’s messiah. Less than four hundred years later it had become the official religion of Rome with some thirty million followers. It could so easily have been a forgotten sect of Judaism. Through meticulous research, Bart Ehrman, an expert on Christian history, texts and traditions, explores the way we think about one of the most important cultural transformations the world has ever seen, one that has shaped the art, music, literature, philosophy, ethics and economics of modern Western civilisation.
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Reviews

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Nelson Zagalo@nzagalo
4 stars
Sep 3, 2022

Não é um tema que me tenha atraído nos últimos anos, contudo a leitura de "Heaven and Hell" (2020) de Bart Ehrman despertou-me o interesse, diga-se também que combinado com o meu crescente interesse pelos clássicos. Neste livro, "O Triunfo do Cristianismo" (2017), Ehrman situa a análise da afirmação do cristianismo entre o século I e o século V, levando-nos pela mão, permitindo que aprendamos imenso, fazendo da leitura uma experiência imensamente compensadora. Apesar da complexidade das questões, Ehrman partindo do trabalho de muitos outros académicos e seu, apresenta uma teorização credível sobre o modo como o cristianismo suplantou não só o judaísmo, mas em particular o paganismo, e como se afirmou e tornou na religião de facto de todo um império. Na Roma Antiga existiam deuses para tudo, e cada um rezava aos que mais lhe convinham. A sociedade era politeísta e vivia bem na tolerância dos deuses de cada um. A assunção do cristianismo a religião de uma nação, império, que ocupava mais de metade da Europa e do Médio-Oriente, iria conferir poder, como nunca antes, a um conjunto muito concreto e delimitado de ideias. O cristianismo passaria de 30 pessoas no ano 30, para 30 milhões em pouco mais de 300 anos. Por volta do ano 500 a grande maioria de todo o império, 60 milhões, seria cristã. Por isso Ehrman diz, e temos de concordar, que foi "a maior transformação cultural que o nosso mundo alguma vez viu", porque: "O cristianismo não só tomou conta do Império, como alterou radicalmente a vida dos que nele viviam. Abriu a porta a políticas e instituições públicas para cuidar dos pobres, dos fracos, dos doentes, e dos proscritos como membros merecedores da sociedade. Foi uma revolução que afectou práticas governamentais, legislação, arte, literatura, música, filosofia, e - a um nível ainda mais fundamental - a própria compreensão de milhares de milhões de pessoas sobre o que significa ser humano". Ehrman diz que o cristianismo surgiu como solução apetecida pelos pagãos que se sentiam rechaçados pelo judaísmo e suas regras identitárias e práticas restritas. Porque, tal como o judaísmo, o cristianismo oferecia um deus único, mas mais importante, oferecia uma chave para explicar a vida, indo mesmo além do judaísmo, oferecendo uma chave para explicar o além-vida (ver o livro "Heaven and Hell" do mesmo autor). Ehrman inicia a explicação do processo de afirmação com Constantino, o criador de Constantinopla e responsável por descriminalizar o cristianismo no século IV, mas acaba por ir atrás e colocar a ênfase em Paulo, século I. Porque Paulo daria início a um processo que até então nenhum outro movimento de ideias tinha pensado seguir, o missionarismo, o pregar da palavra, a persuasão e conversão dos outros. E isto fazia ainda mais sentido porque ao contrário do paganismo o cristianismo era exclusivo, não se podia ser cristão e adorar outros deuses. Por outro lado, como explica Ehrman, o cristianismo por se ter baseado na mitologia judia, trazia consigo um longo lastro teológico de suporte que lhe permitiria apresentar todo um cenário muito mais persuasivo do que o paganismo que era meramente sustentado em práticas. Não deixa de ser impressionante pensar como uma religião, nascida de um punhado de pessoas, perseguidas por todos, viria, passados 300 anos, a conseguir infiltrar-se na governação de estados completos, e reinar sobre quase toda a Europa por mais 1000 anos. Foi preciso esperar pelo Renascimento, século XV, para ver a criatividade finalmente emancipar-se do imaginário religioso. Mas seria preciso chegar ainda o Iluminismo, século XVIII, para que se pudesse voltar a pensar o estado como separado da Igreja. Publicado no VI: https://virtual-illusion.blogspot.com...

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5 stars
Feb 2, 2024
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Samantha Alukas @samalukas
5 stars
Feb 5, 2022