
Waterfire Saga, Book Two: Rogue Wave
Reviews

5/5 Stars. I just love this series so much! On to the third book now x

Opinião do blogue Chaise Longue: http://girlinchaiselongue.blogspot.pt... Capaz de evocar tanto o fascínio como o terror que as profundezas do mar nos provocam, Deep Blue foi uma das surpresas do ano passado. Conquistou-me pela sua complexidade e criatividade, por ser uma história repleta de magia e feminilidade mas, principalmente, por se centrar na amizade entre seis jovens sereias que, oriundas de locais distantes e detentoras de personalidades distintas, estão destinadas a compartilhar o mesmo destino. Esta premissa conquistou-me o coração e deu-me finalmente a história de sereias que procurava, daí que aguardasse a sua sequela, Rogue Wave, com tanta expectativa e que o facto de este ter sido uma desilusão me doa tanto à alma. Jennifer Donnelly mantém a escrita doce do primeiro livro mas, algures, perdeu o sentimento e cuidado com que iniciou esta saga, acabando por nos dar uma atabalhoada e confusa sequela da qual tão cedo não a irei perdoar. Primeiramente, não reconheço neste livro a densidade e originalidade que tanto me cativaram em Deep Blue. O mundo, tão estranho e fascinante, é agora para nós banal e mais do mesmo. Não há nada de novo, nada de enfeitiçante, nada que nos surpreenda. Aliás, minto. Existe de facto um novo cenário, aquele que nos permite avançar nesta dolorosa leitura, só que comparativamente aos cenários já conhecidos, é pouco explorado e detalhado, deixando-nos a salivar por algo que seria absolutamente refrescante, contudo, não chega para nos deslumbrar. Outra coisa que me aborreceu foi que, depois de tanto trabalho a introduzir-nos ao método de magia deste mundo, a autora neste atira-nos, literalmente, para o meio de feitiços e conhecimentos que não nos foram apresentados, de forma muito brusca, deixando-nos completamente perdidos no meio de termos de que nunca ouvimos falar. Esta falta de complexidade deve-se muito provavelmente ao aumento da acção e adrenalina na narrativa e, consequentemente, da integração de algumas reviravoltas que foram bastante surpreendentes e importantes para o decurso da história. Eu admito que foi isso que me fez continuar a leitura, mas apesar desses elementos serem bons, a autora não os soube integrar, e acabaram por tornar as coisas mais apressadas e confusas em vez de descomplicarem a trama. Não tive tempo de assimilar certas coisas ou mesmo de sentir alguma emoção por causa delas, isso também devido ao factor romance que neste livro teve uma incidência muito maior, colocando a demanda, supostamente o ponto central da história completamente de parte. Aliás, o romance que parecia nem existir no livro anterior, aqui toma completamente conta da história, o que foi horrível porque o casal não era credível e aqui chega ao ponto de ser ridículo, porque não existe química entre eles, nem o leitor vê a relação crescer, ou sequer aparecer. Aliás, a forma que a autora arranjou para eles se entenderem é simplesmente parva, para não dizer outra coisa. Como se não bastasse, a essência da saga, aquilo que me fez adorá-la, desaparece. Das seis supostas protagonistas, só acompanhámos duas. As mesmas duas que conhecemos melhor em Deep Blue. Das outras quatro, só uma aparece e é mais como adereço do que outra coisa. E dessas duas, a que temos de aturar mais tempo, é exactamente aquela que estupidificou. Serafina deve ser das personagens mais aborrecidas que já conheci. Não evoluiu absolutamente nada entre os dois livros, se possível, só ficou burra. Completamente burra. E como se não bastasse, o Mahdi, o príncipe irritante aparece demasiadas vezes para a minha paciência. A minha sorte, foram os vilões. Sim, eu estou a torcer por eles. Mesmo que a Neela tenha protagonizado bons momentos, a verdade é que ela também não evoluiu grande coisa enquanto os vilões a cada momento ficam ainda melhores. Por isso, não, não acreditem que eles percam esta guerra. Depois de um primeiro volume tão maravilhoso como Deep Blue, é uma grande desilusão dar de caras com este Rogue Wave. Perdeu a essência, a beleza, aquilo que me fez adorar o livro anterior, para se tornar uma coisinha sem sal e graça. Muito sinceramente, acho que nem me vou aventurar pelo terceiro, com muita pena minha.





















