Reviews

john green, nunca te critiquei. lindo e poético na medida certa. angustiante e real. merece ser relido.

Primeiro John Green que eu leio na vida... Provavelmente o único. Não que seja ruim nem nada... Na verdade, os primeiros 20% do livro foram até bem tranquilos de levar. Os 50% seguintes, não tão fáceis assim. Mas os últimos 30% são muito bons. Esperar que a Aza simplesmente resolva seus problemas de ansiedade e toc é impossível, e de mau gosto. E senti que o John Green conseguiu levar a protagonista da melhor maneira possível, dentro de um história tradicional de início-meio-fim. Meu maior problema com essa história foi o desinteresse da protagonista diante de qualquer coisa, e mesmo assim, existem pessoas assim no mundo então... Triste mas é isso aí. Não é como se o livro estivesse errado em retratar pessoas que simplesmente não tem interesse. E no final, acho que a Aza começou a ver alguma coisa interessante no mundo, de alguma forma. As crises de ansiedade e toc são os melhores momentos do livro, pq é o onde a escrita fica mais imaginativa, metafórica e emotiva. Ler a Aza falando sobre as crises é como interpretar um quadro de arte moderna. Não é a toa que o autor fez tantos paralelos com isso. Provavelmente o plot veio daí? Quem sabe ? Mas deu pra sentir que toda profundidade/criatividade que faltava na Aza do dia a dia, desembocava na Aza dentro da espiral. E isso era ruim e ao mesmo tempo o certo. É um livro bem interessante, acho que acabei escolhendo o livro certo pra conhecer o John Green. 3.5 estrelas, 3 por me fazer perceber que eu me importava com a Aza. 1/2 por ter duas referências inesperadas ao Terry Pratchett. Ah, e a Daisy pra mim é tipo um bolo de cenoura que você queria muito comer, mas aí no meio do caminho você repara que parece que tá solado, e aí cê perde a vontade de comer ele na hora. Daí no final cê olha e até que o bolo não tá solado... Tbm não tá fofinho, mas a cobertura de chocolate consegue ajudar e você mata sua vontade de bolo de cenoura, de um jeito minimamente decente, então não fica chatiada no final.

Eu amei tanto esse livro que nem sei bem o que dizer. Sinto que aprendi muito. Senti muito. A cada página eu me sentia mais próxima dos personagens, que aliás, são a melhor coisa do livro. Gostei do modo como o John Green conseguiu criar adolescentes reais e humanos, sem idealizações e estereótipos. Estar na mente da Aza, me sentir empática pelo Davis e pelo Noah e me irritar com as ações da Daisy foi muito enriquecedor. Sinto que essa história vai ficar na minha mente por um bom tempo, e se um livro consegue tirar isso de mim, significa que ele é bom. Se tornou um dos meus favoritos, com toda certeza.

4.5





