Ulysses
Sophisticated
Intense
Unpredictable

Ulysses

'Ulysses' is a novel by Irish writer James Joyce. It was first serialised in parts in the American journal 'The Little Review' from March 1918 to December 1920, and then published in its entirety by Sylvia Beach in February 1922, in Paris. 'Ulysses' has survived bowdlerization, legal action and bitter controversy. Capturing a single day in the life of Dubliner Leopold Bloom, his friends Buck Mulligan and Stephen Dedalus, his wife Molly, and a scintillating cast of supporting characters, Joyce pushes Celtic lyricism and vulgarity to splendid extremes. An undisputed modernist classic, its ceaseless verbal inventiveness and astonishingly wide-ranging allusions confirm its standing as an imperishable monument to the human condition. It takes readers into the inner realms of human consciousness using the interior monologue style that came to be called stream of consciousness. In addition to this psychological characteristic, it gives a realistic portrait of the life of ordinary people living in Dublin, Ireland, on June 16, 1904. The novel was the subject of a famous obscenity trial in 1933, but was found by a U.S. district court in New York to be a work of art. The furor over the novel made Joyce a celebrity. In the long run, the work placed him at the forefront of the modern period of the early 1900s when literary works, primarily in the first two decades, explored interior lives and subjective reality in a new idiom, attempting to probe the human psyche in order to understand the human condition. This richly-allusive novel, revolutionary in its modernistic experimentalism, was hailed as a work of genius by W.B. Yeats, T.S. Eliot and Ernest Hemingway. Scandalously frank, wittily erudite, mercurially eloquent, resourcefully comic and generously humane, 'Ulysses' offers the reader a life-changing experience. Publisher : General Press
Sign up to use

Reviews

Photo of Emma Shamburg
Emma Shamburg@venusinfers
5 stars
Dec 5, 2024

Concluded this behemoth on a freezing snowy night, Bloom's universality of water theory feeling especially pertinent. I could talk for hours and hours but I will channel that fervor into the fifteen pages I have to write about it by next Thursday.

Photo of Sarah Sammis
Sarah Sammis@pussreboots
3 stars
Apr 4, 2024

Ulysses by James Joyce is a book I've had on my to be read pile for ten years. My husband originally got it to read during a Caltech Bloomsday celebration but finals or something got in the way and he didn't go to read the book. Instead I started it and got a couple episodes into it before I had to box up all my books for our big move from South Pasadena to the Bay Area. Ulysses is a long book. It's just shy of 800 pages. It's also a complicated book. It was originally serialized and each episode is written in a very different tone and style. What they all have in common is a thematic tie to Homer's Odyssey as evidenced by the titles of each episode and of course by the title. For reasons unknown to me, published versions of Ulysses don't seem to include the episode titles. It would help to have a book that was at least annotated to know where you are in the novel. There are online annotations online. For the most part I read with the wikipedia site open just to get a very basic sense of what to expect from the episode and to know its title. There are more dedicated sites if you really want to know Ulysses inside and out, such as Ulysses Seen (which also twitters annotations). My point is, you don't have to take this book on alone. There are resources out there. Also, it's a much easier book to read slowly. I took eighteen weeks to read it. If you would like to read my more in depth thoughts about each episode, links to them are included below: Episode 1: Telemachus: Ed, Edd 'n' Eddy Episode 2: Nestor: Kif Episode 3: Proteus: Georgia Nicholson Episode 4: Calypso: Parasites Lost Episode 5: The Lotus Eaters: Down To The River To Pray Episode 6: Hades: Agent Caitlin 'Kate' Todd Episode 7: Aeolus: J. Jonah Jameson Episode 8: The Laestrygonians: Earl's Court to Islington Episode 9: Scylla and Charybdis: If I Had a Hammer... Episode 10: The Wandering Rocks: Rosencrantz and Guildenstern Are Dead Episode 11: The Sirens: Our Man in Havana Episode 12: The Cyclops: Pick-a-Little Episode 13: Nausicaä: Petting in the Park Episode 14: Oxen in the Sun: The Critic in the Cabernet Episode 15: Circe: Alice in Wonderland Episode 16: Eumaeus: Wayne's World Episode 17: Ithaca: "For Real" Episode 18: Penelope: Marge Simpson

Photo of Maurice FitzGerald
Maurice FitzGerald@soraxtm
4 stars
Dec 10, 2023

In the end there wasn't anything to it. You really like the place you grow up in. Really smart people can play around with words and it is sometimes fun to read but not that often really.

Photo of Andrew Louis
Andrew Louis@hyfen
3 stars
Feb 6, 2023

The book covers approximately 18 hours of a day; the audiobook is 35 hours long; getting through it felt like an eternity. Over and over again, I kept thinking of Joyce: "what a wanker" and almost every paragraph required looking up references. On the other hand, being in intellectual commune with the dozens and dozens of scholars who have devoted their lives to making some sense of this book was an interesting experience that gave a modest amount of pleasure.

Photo of Nelson Zagalo
Nelson Zagalo@nzagalo
5 stars
Sep 3, 2022

Da primeira vez, há cerca de 20 anos, cheguei à página 50, da segunda, no ano passado, à 322, agora fui até ao fim (748). Serve isto apenas para traçar o caminho por mim seguido, mas de algum modo pode servir de indicador da potencial dificuldade que a obra representa a quem nela desejar aventurar-se. [Para ler a análise completa deve ler no blog, já que o número de caracteres aqui disponíveis não são suficientes para a resenha. Além de não conter a formatação original, assim como as imagens e links. Ler em: http://virtual-illusion.blogspot.pt/2...] “Ulisses” (1922) não requer grande contextualização, qualquer pessoa que goste de literatura já ouviu falar, e sabe o quão elevada é a sua estima no meio. Surgiu num período de grande ebulição artística, o modernismo, responsável pela criação de uma brecha no mundo clássico da arte que abriria todo um novo mundo de conceitos, abordagens e perspectivas sobre a arte, que a libertariam das suas amarras, permitindo aos artistas dar total liberdade à sua audácia. Surgindo deste caldo, “Ulisses” não se limitaria a subverter e inovar, iria transforma-se na obra definidora de todo o modernismo literário. Mas antes de falar de “Ulisses”, quero falar de Joyce. Considero que aquilo que foi feito nesta obra não está ao alcance de um simples desejo. São necessárias algumas qualidades cognitivas, que requerem alguma base biológica, mas acima de tudo enorme trabalho, dedicação e diria mesmo, obsessão: “A memória de Joyce para palavras das suas próprias composições e para aquelas de todos os escritores que ele admirava era prodigiosa. Ele sabia de cor páginas completas de Flaubert, Newman, de Quincey, E. Quinet, A. J. Balfour e muitos outros (..) Tínhamos estado a falar de Lycidas de Milton, e eu queria citar algumas linhas de que gostava no poema. A minha memória cedeu, mas Joyce recitou todo o poema, do início ao fim, e continuou ainda com L’Allegro.” Frank Budgen, in James Joyce and the making of 'Ulysses’, 1934 “incapaz de ler o capítulo do Finnegans Wake que iria gravar em 1929 nos estúdios de C. K. Ogden, ele [Joyce] decidiu recitar todo o texto de memória (..) Mas a história de que ele teria sido capaz de recitar para uma visita no hospital (quando se recuperava justamente de mais uma cirurgia oftalmológica) toda a página do livro que ela lia enquanto esperava já começa a apontar para o domínio do virtuosismo.” Caetano Galindo, in Sim, Eu Digo Sim — Uma Visita ao Ulysses de James Joyce, 2016 Ou seja, Joyce teria capacidades prodigiosas de memória, o que lhe serviu, e muito, na composição de “Ulisses”. A complexidade da fragmentação do enredo apresentado é desde logo uma demonstração impressionante dessa capacidade, uma vez que só uma memória muito exercitada conseguiria manter tantas pontas soltas, atadas e coerentes. Mas se Joyce apresentava uma aparente sobredotação no campo da memória, as suas capacidades linguísticas não eram menos impressionantes. Existem vários trabalhos que tentam determinar o número de línguas em que era fluente, o seu obituário no New York Times aponta para 17, incluindo variações antigas e modernas do Grego e Árabe. Mesmo que pareçam demais, é fácil encontrar menções a mais de uma dezena como mínimo. Se a memória era vital para manter o enredo de “Ulisses” lógico, estas capacidades linguísticas foram fundamentais para construir uma percepção tão fina dos modos e estilos narrativos. Voltando a “Ulisses”, devemos começar por compreender que estamos perante um texto composto de 18 capítulos, cada um deles escrito num estilo literário completamente distinto e único. Podemos mesmo dizer que qualquer um dos capítulos poderia ser autonomizado, dadas as suas estilísticas de escrita e narrativa. Cada capítulo pode ser um livro. Aliás, para muitos joyceanos, a leitura de “Ulisses” faz-se melhor lendo cada capítulo de forma independente, na ordem e tempo que a cada um aprouver. E no entanto, “Ulisses” é um texto profundamente coeso e coerente. Ou seja, deste preâmbulo podemos desde já intuir que “Ulisses” não é apenas mais um livro do cânone literário, é um marco fundamental da arte escrita. Nas próximas linhas tentarei dar conta do que o torna especial e ao mesmo tempo dos problemas que essa singularidade levanta. 1 - Êxtase Artístico O uso de diferentes estilos narrativos — no discurso e forma escrita — é só por si monumental, mas a sua racionalidade, o fusionar de forma e conteúdo, eleva todo o trabalho a um nível metaliterário. O resultado é um artefacto que à primeira vista parece incoerente, fundado no caos estilístico, mas que depois de compreendido, se torna profundamente íntegro enquanto corolário da mensagem narrada. Ou seja, Joyce não quer apenas contar uma história, Joyce quer plasmar essa história na forma escrita, quer que o texto seja parte e não mero veículo. O estilo não pode ser apenas estilo, o estilo é também conteúdo, e expressa em sintonia com aquilo que se quer dizer. O exemplo mais marcante dessa estilística de "Ulisses" é o monólogo interior, ou fluxo de consciência (stream of consciousness). Joyce é comumente citado como o pai da técnica, apesar de se poderem encontrar vários exemplos precedentes do seu uso, e do próprio Joyce citar sempre Édouard Dujardin como o seu mentor. No entanto, "Ulisses" é responsável por tornar a técnica operacional nas suas diferentes formulações, e dá-la a conhecer à restante comunidade de escritores, que nos anos seguintes lhe dariam um uso intenso (ex. Italo Svevo, Virginia Woolf, William Faulkner). Mas não podemos, nem devemos, reduzir "Ulisses" ao monólogo interior, existem vários capítulos que usam variações da técnica, mas existem múltiplas outras técnicas em uso, desde a escrita jornalística, ao teatro ou narrativa clássica. Toda esta variação estilística é, de certo modo, potenciado pelo virtuosismo do domínio linguístico de Joyce, mas quando analisado o conteúdo em detalhe, e percebemos que apesar de toda subversão, o texto fica muito longe dos experimentos surrealistas da época, ou seja, nada do que lemos em “Ulisses” é fruto do acaso, coincidência ou inexplicável. Tudo o que se discute tem uma base real, que vai ao pormenor geográfico, assim como tudo o que acontece tem uma causa e um efeito. Do mesmo modo, o texto contém em si mesmo todas as explicações, ainda que de forma não-linear e ultra-minimal. Temos, então, aquilo que podemos apelidar de virtuosismo de memória, ou seja, uma capacidade para: mentalmente ver o todo, não apenas na sua forma macro, mas em todo o seu detalhe. Assim, a jornada caótica de Joyce, ao contrário da épica de Homero — que nos falava de reis valentes, proezas sobre-humanas, de humanos quase-deuses — procura dar conta da realidade experienciada pelo viver humano — a desordem e suas incertezas, as fragilidades e a insignificância de cada um de nós. Como dizia Dedalus no fecho do primeiro livro de Joyce: “Sê bem-vinda, ó, vida! Vou, pela milionésima vez, ao encontro da realidade da experiência, para moldar na forja da minha alma a consciência incriada da minha raça.” in “Retrato do Artista quando Jovem”, 1916 Algo a que Joyce responderia no livro seguinte, este “Ulisses”, repescando a personagem de Dedalus para o perscrutar, como explicaria depois em entrevista: “Em Ulisses gravei simultaneamente, aquilo que um homem diz, vê, pensa, e aquilo que esse ver, pensar e dizer faz, àquilo que os freudianos chamam de subconsciente.” James Joyce em entrevista, 1922 O resultado deste labor de Joyce é muito bem sintetizado nas palavras de Zadie Smith, que mais do que gostar de Joyce, diz respeitar a sua obra: “quanto mais nos aproximamos da realidade da experiência mais bizarra esta DEVE parecer na página e soar na boca, porque a nossa experiência real não vem empacotada em estruturas de três atos. Para mim, Joyce é o derradeiro realista porque ele procura transmitir como a experiência verdadeiramente se sente. E tendo percebido o seu caráter tão idiossincrático viu-se obrigado a inventar toda uma nova linguagem para a descrever.” Zadie Smith em entrevista Estas condições fazem com que “Ulisses” se apresente diante de nós num texto profundamente experimental, de grande inovação artística. Mas talvez, ainda mais impressionante, para mim, foi o facto de tudo ser apresentado num modo notavelmente amadurecido, como se para Joyce toda esta forma de contar histórias sempre tivesse existido. 2 - Problemas desse Êxtase Apesar de reconhecer o brilhantismo do trabalho apresentado por Joyce, e apesar de ter, ao fim de três tentativas, chegado ao final da sua leitura, continuo a manter várias reservas. Existe um misto de sensações que o livro despoleta, desde logo porque temos muitos livros dentre de um único, e aquilo que nos dá prazer num, já não surge noutro, assim como aquilo que menos gostamos, também acaba por desaparecer. "Ulisses" como qualquer obra experimentalista não poderia nunca ser perfeita, e por isso, não minorando em nada tudo aquilo que representa, quero deixar um conjunto de apontamentos sobre aquilo que menos gosto, ou considero mais problemático. A monumentalidade. A densidade do experimento, nomeadamente o número de estilos, que obrigam o leitor a um esforço apenas ao alcance de um estudo literário aprofundado de nível universitário. Alvo de inúmeras críticas, que questionam até que ponto o propósito não passou por tornar-se difícil e inacessível apenas por mero exibicionismo. O conceptualismo. Muitos dos estilos usados trabalham num registo de ultra-minimalismo, nomeadamente os monólogos interiores mais extremistas, e assim apesar do texto conter em si mesmo todas as explicações, estas não são passíveis de serem descodificadas sem o acesso a explicações e dados exteriores à obra. Daí que Joyce se tenha visto obrigado a criar esquemas de ajuda à leitura, tendo um dos grandes amigos de Joyce, Frank Budgen, que consigo passou os anos de escrita de “Ulysses”, sido responsável pelo maior manancial de informação de suporte à descodificação da mesma. A isto junta-se claro a necessidade de o leitor possuir um conhecimento bastante alargado do cânone literário, que fazendo as delícias dos académicos complica a vida ao leitor médio. A fragmentação. Que Joyce usa por vezes de forma extrema, obrigando a reter muita e muita informação, ao longo de centenas de páginas até ser explicada ou confirmada. Desta forma, Joyce espera que de algum modo os leitores apresentem uma capacidade de memória próxima da sua, e assim consigam edificar o mundo de “Ulisses” mentalmente, reconstruindo para sentir. Esta não-linearidade intensa questiona inevitavelmente a narratividade da obra, a ponto de podermos dizer que em certos momentos, temos mais jogo do que narrativa. O leitor tem de jogar com as peças da obra para delas obter sentido, não se pode quedar estático a aguardar que o sentido lhe seja entregue no final de cada ato. O humor britânico. O constante gozo com tudo e todos que coloca tudo em dúvida, rasteirando ainda mais a pouca verdade que o leitor vai descortinando. Se torna a obra menos pesada por não se focar na tragédia, torna-a menos acessível, já que juntamente com os problemas acima identificados afasta ainda mais o leitor de conseguir dar sentido ao que vai lendo. O grotesco. Na ânsia por revelar a experiência humana mais pura, numa clara fuga ao classicismo — o belo — Joyce dá-nos a sentir um universo algo dantesco. Por um lado temos o choque constante entre a religião e o sexo que explica muita de celeuma e problemas com a publicação original, mas o que mais nos arrasta é a ausência de traços atrativos nos seus personagens, todos eles são ingenuidade cómica carregada dos mais elementares defeitos humanos. 3 - Experiência de Leitura Joyce criou uma obra inigualável, marcou a arte, e ficará para sempre como referência literária. Contudo, ao testar os limites da arte literária, testava também os limites cognitivos dos seus leitores. O modelo clássico de narrativa — os tais três atos — que utilizamos não foi inventado por alguém que se lembrou de que seria a melhor forma de contar uma história. É antes fruto de um processo evolucionário que foi melhorando ao longo de milénios, na transmissão de informação de geração para geração. A narrativa clássica é fundamental para que o processo de transferência entre humanos ocorra de forma eficiente. Ora o que Joyce faz aqui é destronar este modelo, criando toda uma nova linguagem literária, baseada na percepção do modo como pensamos, do como nos tornamos conscientes do mundo. É uma busca lógica, e que temos de lhe agradecer. “Ulisses” é um portento experimentalista no teste dos limites da compreensão humana da realidade, no modo como podemos olhar para dentro de nós e tentar compreender como compreendemos o mundo. Contudo ao fazê-lo Joyce ignora totalmente um segundo aspeto, vital da arte, e que é a comunicação. Ou seja, não basta olhar para dentro de si e tentar construir uma forma que se assemelhe ao seu interior, teria sido importante que sobre tudo isso, Joyce tivesse ainda processado tudo por meio de uma segunda camada, refletindo sobre o modo como poderia comunicar todo esse “mundo” percepcionado aos outros, a quem o lê. De outro modo, acaba a falar sozinho, ou neste caso, para académicos. 4 - Modos de Ler Se dúvidas houvesse quanto à validade dos guias de leitura de “Ulisses”, seria o próprio Joyce, que pouco depois da primeira publicação, criaria dois esquemas explicativos de “Ulisses” para dar a amigos próximos (Stuart Gilbert e Carlo Linati) e assim os ajudar a compreender de que era feito o que liam. Os guias, estes esquemas de Joyce assim como os múltiplos livros entretanto escritos, servem na redução da complexidade, orientam o leitor alicerçando a leitura. De certa forma, os guias fazem aquilo que Joyce deveria ter feito na descrição do seu mundo interior, criam uma série de degraus intermédios que permitem aceder aos degraus mais íngremes de “Ulisses”. Ainda assim, devemos dizer que “Ulisses” não tem uma forma única de ser lido. Cada leitor deve procurar a melhor forma de o fazer para si, e procurar as ajudas que melhor sirvam os seus propósitos. Deve saber de antemão que não é possível compreender muito do que está em “Ulisses” sem ajudas externas, o que não invalida a possibilidade de retirar imenso prazer da sua leitura sem as mesmas desde que não sinta a obsessão por compreender tudo aquilo que lê. Partindo dos esquemas de Joyce, é preciso saber que as atuais edições de "Ulisses" tendem a replicar a edição original sem identificação de capítulos. No passado, a edição Livros do Brasil, identificava e numerava os capítulos seguindo os esquemas, apresentando em notas de rodapé as restantes informações fornecidas por Joyce. Mas, tanto a nova tradução de Jorge Vaz Carvalho para Relógio D’Água como a de Caetano Galindo para Companhia das Letras, seguem a primeira edição, sem qualquer menção a capítulos. [imagem] Tradução de Jorge Vaz Carvalho de 2013 na Relógio D'Água Quanto aos guias de interpretação, a escolha é enorme, desde guias detalhados a biografias de Joyce. Uma simples pesquisa por guias de "Ulisses" retorna rapidamente centenas de opções nas mais diversas línguas. Optei por utilizar apenas um livro guia, em vez de andar a saltitar entre vários. “Sim, Eu digo Sim” (2016) foi escrito pelo tradutor de "Ulisses" no Brasil, com a particularidade de ser dos guias mais recentes disponíveis. Recomendo vivamente porque faz da leitura uma travessia não apenas menos árdua mas também bastante mais prazeirosa. [imagem] "Sim, Eu Digo Sim" (2016) de Caetano Galindo Por outro lado, se preferirem algo menos elaborado, ou de mais rápida consulta, a web apresenta-se hoje como um manancial de ajuda inestimável, desde a Wikipedia a dezenas ou mesmo centenas de páginas de professores universitários, e fãs de Joyce, que procuram ajudar, explicar e desmistificar o universo de Joyce. Aliás, ler hoje Joyce, é uma experiência com certeza muito diferente de quem o leu na sua primeira edição. Assim, as duas páginas da Wikipedia (em inglês, já que as páginas portuguesas apresentam-se resumidas) dedicadas a James Joyce e a “Ulysses” devem servir desde logo como ponto de partida. Acrescentaria, os sumários do professor John Rickard, especialista em Joyce, que oferece numa página web completamente despretensiosa, um dos guias mais reduzidos, mas também mais úteis que encontrei. Rickard apresenta a divisão do livro nos capítulos seguindo Joyce, identificando os atributos dos mesmos, ao que junta, pequenos sumários de cada capítulo e ainda ligações dos mesmos a brevíssimas sínteses da “Odisseia”. [imagem] "Odisseia" (VII a.c.) de Homero Se os guias são relevantes, é verdadeiramente fundamental a existência de um lastro de leituras prévias, algo que um guia não pode oferecer, ainda que possa dar pistas. Joyce cita quase todo o cânone literário que o precede, daí que ter lido uma boa parte desse, ajudará imenso. No entanto, como se percebe do parágrafo anterior, a leitura de “Odisseia” é um quesito obrigatório. Ler “Ulisses” sem ter lido “Odisseia” é um pouco como mergulhar num lago à noite. Não se vê o fundo, e o medo assola. Aconteceu-me em 2015, daí ter desistido a meio do mergulho. Depois de ter lido a “Odisseia” (análise), “Ulisses” ganhou toda uma quantidade de focos de luz, que permitiram guiar o meu mergulho e tocar no fundo do lago. Para além da “Odisseia” considero também relevante a leitura de “Retrato do Artista quando Jovem” (análise), o primeiro livro de Joyce, no qual podemos encontrar um dos personagens principais de “Ulisses”, Stephen Dedalus. Relevante é ainda Shakespeare, com particular destaque para “Hamlet” (análise) que é amplamente discutido em “Ulisses”. Dois livros que não li mas considero que deveria ter lido antes, “Dublinenses” e “A Divina Comédia”. O primeiro representa um livro de contos de Joyce, no qual muitas das personagens secundárias de “Ulisses” são apresentadas e definidas, tal como a própria cidade de Dublin, palco total de “Ulisses”. Quanto a Dante, é sem dúvida central em muitas das descrições de Joyce, nomeadamente no modo como trabalha algum do grotesco, mas mais ainda na luta teológica que trespassa grande parte do texto. [imagem] "Ulysses" (1967) de Joseph Strick [imagem] "Bloom" (2003) de Sean Walsh Por fim, servindo aqueles mais visuais, aqueles que apresentam maior dificuldade em visualizar textos escritos e requerem pistas visuais para edificar os universos ficcionais. Diga-se que Joyce não é muito amigo destes. Talvez o facto de ter grandes problemas de visão tenha contribuído para que os romances de Joyce seja muito pouco visuais. Por outro lado, o facto de Joyce se deter quase todo o tempo dentro da cabeça dos seus personagens, não ajuda nesse trabalho de visualização, que é algo muito dependente de externalidades. Assim para estes, existem dois filmes — “Ulysses” (1967) e “Bloom” (2003). Tendo visto ambos, nenhum é muito fácil de encontrar, mas também nenhum é muito bom, contudo poderão ajudar na criação de âncoras mentais de suporte à edificação do universo de “Ulisses” e assim facilitar também a leitura. 5 - O meu pequeno guia ................................. [Para ler a análise completa deve ler no blog, já que o número de carateres aqui disponíveis não são suficientes para a resenha. Além de não conter a formatação original, assim como as imagens e links. Ler em: http://virtual-illusion.blogspot.pt/2...]

Photo of Kaya
Kaya@kaya_kobold01
4 stars
Aug 12, 2022

Nein, es wird nicht mein Lieblingsbuch. Aber Bloom und die Frauen sind definitiv lesenswert. Er ist mitfühlend. Obwohl er kein Heiliger ist. Aber diese Sicht auf die weibliche Seite des Lebens ist selten. Dafür gibt es einen Stern mehr. Warum soviele "männliche Männer" recht merkwürdige Ansichten haben ist mir noch nicht klar. Witwer Daedalus lässt seine Kinder im Stich und sein Sohn ist ebenfalls kein Familienmensch. Ulysses ist anstrengend zu lesen und ich bin froh, dass ich jemand an meiner Seite hatte um über die schwierigen Stellen zu kommen. Auch wenn ich durch bin, wird mich Ulysses noch eine Weile beschäftigen. Die Nachbearbeitung wird hoffentlich nicht zu lange dauern.

Photo of Robin Sturm
Robin Sturm@letterature
4 stars
Jan 13, 2022

I complained about David Copperfield not being particularly challenging for how long it was, yet I am now complaining that this (actually a shorter book) was too challenging. Maybe I will find a happy medium. I'm thrilled to have finished it, but sad that I'm not sure if I can say it's the greatest book I've ever read. I can't quite bring myself to give it 5 stars when I feel like there's so much in the text that I wasn't able to (either on my own or with the companion lecture I had) understand. There were lines and sections that I absolutely loved, but also a ton that went way over my head, and a few things I really did not like. But taken as a whole it is quite a masterpiece.

Photo of Molly Phillips
Molly Phillips@mollsy_phillips
5 stars
Jan 2, 2022

I read it and I will read it again. Yes. And I will never finish it, but somehow I have read it and it was beautiful.

Photo of Boxuan Mao
Boxuan Mao@boxuan
5 stars
Dec 18, 2021

Nothing is impossible for novels after Ulysses.

Photo of Kathryn Reyes
Kathryn Reyes@katreyes
3 stars
Dec 15, 2021

Um...Wait... Could you repeat that?

Photo of Simon Elliott Stegall
Simon Elliott Stegall@sim_steg
3 stars
Dec 15, 2021

Ulysses feels like a cross between a hoax and a fashion show. It is a catalogue of all the ways that James Joyce can write better than you can (no matter who you are); can make puns better than you can, can reference Shakespeare in more subtle ways than you can, and can turn a phrase better than you can. He can quote historical figures better than you can, he can quote mythological figures better than you can, he can write a longer sentence than you can, and you can be DANG well sure he can write a longer paragraph than anyone you know. Basically, Joyce is a genius and he is going to make you suffer for it. That’s why it’s a fashion show. And it’s a hoax because it doesn’t mean anything. My impression after poring over the appendixes to my annotated version of Ulysses was that Joyce intended to create a work of style- of comparative and invocative mastery. T.S. Eliot said as much when he said “Ulysses destroyed the whole of the nineteenth century…. It showed up the futility of all the English styles.” This it certainly did, but I haven’t read anyone making the argument that Ulysses is a good book for any other reason. Chesterton said, comparing the authors of the two Ulysses’s: “Homer manages to be very pure in very plain language, while Joyce manages to be very coarse in very esoteric language.” So do I give Ulysses 5 stars for obviously being a work of genius? Or do I give it two stars for being half-unintelligible and basically useless except to literary theorists? Three stars because his wordplay is amazing, but I wouldn’t recommend it for any other reason.

Photo of Trevor Berrett
Trevor Berrett@mookse
5 stars
Nov 10, 2021

Ulysses is simply the most brilliant book ever written. Strangely, it is one of the least read brilliant books ever written--it probably is the least read brilliant book. Perhaps even more strangely, it is understandably underread--and I can't say I recommend it to anyone in particular. It is different from any other book. It looks unapproachable because of the unfamiliar style and form. However, it is accessible and wonderfully fulfilling. Joyce's play with words and forms is at its peak here (I think he went downhill with Finnegan's Wake, an even less read [apparently] brilliant book which is truly inaccessible--have you read it? do you know anyone who has read it?). The great thing is that Joyce isn't playing just to show off. His style creates a new window to the characters and to ourselves. Once the reader gets around the strangeness of the book, the reader finds an illumination unlike any presented before or since. So I've just said it is the most brilliant book ever written. Is it my favorite? No. I've like many other books more than I liked Ulysses. But I don't think I've seen more brilliance at work in any other novel. And that was a pure pleasure to be a part of.

Photo of Jeni Enjaian
Jeni Enjaian@jenienjaian
1 star
Oct 30, 2021

What is Ulysses about? I have absolutely no idea. When I started the book I knew that it would be a difficult one to get through. Many of the classics happen to be that way. Another goodreads friend posted a glowing, positive review that told of the extreme effort (reading aloud, chapter guides, rereading passages) she took to get through the book. In my opinion, such an extensive effort should not be part of initial comprehensibility. A person should be able to read a book and at least be able to name the main character and describe the plot, if even in the simplest terms. I am not able to do either of those things. I have to admit that I skimmed the book. I did try to read each line for the first few pages. I could made no sense of the jumping, scattered, disconnected narrative. On top of that, the version that I read contained minuscule print, making it even more difficult to read. Another factor working against the book is the overabundant use of sexual imagery. Some of the most comprehensible portions of the book are passages concerning sex. It's simply not necessary. Some people may like this book. I, however, do not. Even more, I do not even think that this book of near gibberish should even be called a book.

Photo of Daryl Houston
Daryl Houston@dllh
4 stars
Sep 30, 2021

One of the hardest, most confounding books I've read. Brilliant in places, maddening and silly and boring in others. Like good medicine that tastes bad; I see why it's great literature, but there are very large chunks of it that I can't say I like very much at all. I can't really say I liked it, but I recognize its worth.

Photo of Jawad Abdulrazzaq
Jawad Abdulrazzaq@acid
5 stars
Jan 15, 2025
Photo of Leah Preston
Leah Preston@leahrose274
3 stars
Apr 3, 2024
Photo of Alawander Bouston
Alawander Bouston @vonnebeergut
5 stars
Nov 26, 2023
Photo of Cláudia Mendes
Cláudia Mendes @behindthescreen1975
3 stars
Aug 15, 2022
Photo of betty books
betty books@bettybooks
2 stars
Jul 14, 2022
+5
Photo of Melih
Melih @melhiron
5 stars
Jun 20, 2024
Photo of Heather Margaret
Heather Margaret@heatherdarling
5 stars
Jun 9, 2024
Photo of Peanne
Peanne@leannidus
4 stars
Feb 12, 2024
Photo of Matilda
Matilda@ladypearl
3 stars
Jan 10, 2024
Photo of savannah eden
savannah eden@savbrads
5 stars
Jan 8, 2024

Highlights

Photo of Grace Stanger
Grace Stanger@g_stang

Weave, weaver of the wind

Omg this book

Photo of Alawander Bouston
Alawander Bouston @vonnebeergut

Through the hush of air a voice sang to them, low, not rain, not leaves in murmur, like no voice of strings of reeds or whatdoyoucallthem dulcimers, touching their still ears with words, still hearts of their each his remembered lives.

Photo of 里森
里森@lisson

Mulligan and Haines try to solicit Stephen for their imagined communities.

From Lawrence, K. R. (2022). “Telemachus.” Refers to Anderson, B. (2006). Imagined Communities. https://literal.club/lisson/book/benedict-anderson-imagined-communities-q3g1u

Photo of 里森
里森@lisson

I've put in so many enigmas and puzzles that it will keep the professors busy for centuries arguing over what I meant, and that's the only way of insuring one's immortality.

Introduction

Photo of 里森
里森@lisson

“I want, said Joyce, as we were walking down the Universitätstrasse, 'to give a picture of Dublin so complete that if the city one day suddenly disappeared from the earth it could be reconstructed out of my book.”

Introduction

Photo of 里森
里森@lisson

We each have heads not just of what we have read but, like Stephen, of what we have heard. We think with these borrowed words.

Introduction

Photo of Rebecca Light
Rebecca Light@lightreading

Longest way round the shortest way home.

Photo of Rebecca Light
Rebecca Light@lightreading

Mass seems to be over. Could hear them all at it. Pray for us. And pray for us. And pray for us. Good idea the repetition. Same Yes, Same thing with ads. Buy from us. And buy from us.

This book appears on the shelf Summer 2018

To All the Boys I've Loved Before
To All the Boys I've Loved Before by Jenny Han
Far From The Tree
Far From The Tree by Robin Benway
Radio Silence
Radio Silence by Alice Oseman
P.S. I still love you
P.S. I still love you
The Sun is Also a Star
The Sun is Also a Star
The upside of unrequited
The upside of unrequited by Becky Albertalli

This book appears on the shelf own

It Ends with Us
It Ends with Us by Colleen Hoover
The Wrath & the Dawn
The Wrath & the Dawn by Renée Ahdieh
The Fault in Our Stars
The Fault in Our Stars by John Green
Looking for Alaska
Looking for Alaska by John Green
A Gathering of Shadows
A Gathering of Shadows by V.E. Schwab
A Darker Shade of Magic
A Darker Shade of Magic by V.E. Schwab

This book appears on the shelf Books i own

1984
1984 by George Orwell
The Subtle Art of Not Giving a F*ck
The Subtle Art of Not Giving a F*ck by Mark Manson
Harry Potter and the Sorcerer's Stone
Harry Potter and the Sorcerer's Stone by J. K. Rowling
Harry Potter and the Order of the Phoenix
Harry Potter and the Order of the Phoenix by J. K. Rowling
Harry Potter and the Deathly Hallows
Harry Potter and the Deathly Hallows by J. K. Rowling
Harry Potter and the Goblet of Fire
Harry Potter and the Goblet of Fire by Mary GrandPré